domingo, 22 de maio de 2011

Fronteiras

Depois que voce caminha um pouco pelo mundo, descobre que barreiras nao existem, fronteiras sao apenas limites impostos pelo homem para facilitar as coisas. Descobri que não importa em qual idioma, com qual passado ou com quais vestimentas.. somos todos genuinamente iguais!
A fronteira real não esta protegida por alfandegas ou pela policia federal, ela está apenas dentro de nós, dentro de nossa mente, protegida por nosso antigos conceitos, preconceitos e medos. Essa fronteira sim, exige coragem para se passar, mais do que o exigido nas amedrontadoras turbulencias de um avião, nas estradas perigosas ou nos barcos antigos que cruzam os rios com seu motor enferrujado.
Sao tantos os olhos que miramos e os olhares que suplicam por resportas.. e nossos olhares que suplicam por encontrar o que a alma busca, que tudo se transforma em compaixão ao final.
        Quando penso nas escadas que subi, nas pedras que atirei e nas lagrimas que tanto derramei.. encontro uma coisa sempre em comum: Os sonhos que eu sonhei e a pitada de poesia que o universo me proporciona sempre. Estes meus sonhos malucos são apenas o primeiro ingrediente de uma magica qualquer, que eu talvez jamais vá compreender, que transformam meu coracao e minha mente a cada segundo que respiro.

         Esta semana, em uma conversa com uma amiga de infância, que eu amo como uma irma, ela me disse em um tom carinhoso: "Cá, voce mudou tanto..". Eu sorri e pensei:
- Eu nao mudei tanto assim, apenas procurei quem eu era, quem eu sempre fui. Simplifiquei as coisas para encontrar aquele ponto tenue que me une ao universo, conhecer a compaixão de verdade, o amor genuino e compreender meus medos, enfrentando-os por entre trilhas e travessias. Penso, em minha modesta opinião, que quem mudou foi o mundo, que esqueceu o amor, que trocou a compaixao pelo consumo, a solidariedade pela ganância, e a honestidade pela corrupcao.
          Neste mundo de hoje, com tantas tecnologias, faculdades, avioes, televisoes, eu só quero Ser humana, só quero sorrir sem medo, experimentar minha espécie e romper minhas próprias fronteiras. E percebo que querendo tudo isso (ou melhor, só isso!) eu estou na contramao do mundo de hoje. Mas confesso, até que eu gosto de estar nesta contramão. O fardo é pesado, mas o gosto é doce ao final do dia.
Agora, sentada numa pedra, aqui no sitio, olhando para o vale, aqui no Meu Brasil, vendo o sol se pôr por entre as arvores e montanhas, sinto meu espirito se unir a este mundo tão grande e sem medo.. sigo!

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